Marinha peruana examina com TKMS e DSME a obtenção, até 2023, de dois novos submarinos de projeto alemão
A sequência mostra um IKL-209/1.400 (visto pela proa) e um Tipo 214 pertencente à Marinha sul-coreana: duas opções para a Força de Submarinos peruana
Oficiais da Marinha de Guerra do Peru e do estaleiro estatal SIMA-Peru, vêm mantendo contatos preliminares com o grupo industrial alemão ThyssenKrupp Marine Systems (TKMS) e com executivos da empresa Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering (DSME), acerca dos seus planos de obter dois novos submarinos diesel-elétricos de ataque para a Força de Submarinos peruana.
Trata-se, como gostam de definir esses sul-americanos, de “um estudo prévio das possibilidades que oferece o mercado internacional”. Mas a preferência dos chefes navais peruanos é por se manter na linha alemã de barcos submersíveis.
Fator determinante para essa escolha será, entretanto, a capacidade que o estaleiro estrangeiro selecionado para fornecer os submarinos demonstrar para prover os peruanos da compensação em investimento tecnológico conhecida por offset.
O Peru opera, hoje, seis submersíveis tipo IKL, e até o ano de 2023 precisará desprogramar os dois mais antigos deles – Islay e Arica –, ambos do tipo 209/1.100, com mais de 40 anos de trajetória na Força Naval peruana.
Também nesse período (2016-2023), a TKMS fornecerá, ao custo de 40 milhões de dólares, assessoria para que o SIMA-Peru faça a reforma dos outros quatro submersíveis peruanos – Angamos, Antofagasta, Pisagua e Chipana –, todos do tipo IKL-209/1.200, que chegaram ao Peru no início da década de 1980.
Os navios serão cortados ao meio para que os técnicos substituam (ou modernizem) diversos equipamentos.
Falando nesta segunda-feira (24.10) ao canal de tevê a cabo N, de Lima, o diretor-executivo do SIMA-Peru, contra-almirante Silvio Alva Villamón, afirmou: por motivos estratégicos, a Marinha peruana considera que não pode prescindir de uma força de seis submarinos.
Competição – Atualmente há um oficial aluno peruano a bordo do submarino Tipo 212 alemão U-34 (fotos abaixo), e no período de 23 de maio a 23 de setembro deste ano, o capitão de fragata Luis Ricardo Deza Guzmán, frequentou o curso de Comandante de Submarinos do Centro de Formação de Submarinistas da Marinha germânica, na cidade de Eckernförde.
Por toda essa ligação profissional o mais natural seria a Marinha peruana optar por buscar a solução para o seu problema de substituição dos submarinos mais antigos diretamente na TKMS – mas a coluna INSIDER apurou que não é isso que está acontecendo.
De acordo com um executivo da indústria naval peruana ouvido pela coluna, a forte aproximação dos últimos dez anos entre as Marinhas do Peru e da Coreia do Sul (que traz consigo a indústria naval sul-coreana), transforma a parceria asiática em uma alternativa perfeitamente aceitável – ainda mais agora que o Daewoo está fornecendo uma série de três submarinos classe IKL-209/1.400 (classe Chang Bogo) à Marinha da Indonésia.
O submarino IKL-209/1.400 entregue esta semana pela Daewoo sul-coreana à Marinha da Indonésia
Graças a uma associação da Howaldtswerke-Deutsche Werft Gmbh com a DSME, os sul-coreanos estão aptos a construir tanto o modelo IKL-209/1.400 quanto o U-214 – versão de exportação do U-212.
Nesse momento, uma ação coordenada entre os estaleiros Daewoo e Hyundai Heavy Industries trabalha na construção de três submarinos Tipo 214 de 2.400 toneladas – modelo que tem quase o dobro do tamanho dos submersíveis 214, classe Son-Wonil, que operam desde 2007 na Marinha sul-coreana.
Na última segunda-feira, a DSME lançou o segundo dos três IKL encomendados pelos indonésios em dezembro de 2011, ao custo de 1,1 bilhão de dólares. A cerimônia aconteceu no estaleiro Okpo, da Ilha Geoje, no litoral sudeste da Coreia do Sul. A propaganda sul-coreana chama esses navios de stealth submarines(submarinos furtivos).
Plano Brazil
Muy interesante el post!
Hagamos un poco de retro-planning. Si queremos reemplazar a los U209-1100 en el 2023, teniendo en cuentas que estamos ad-portas del 2017 queda 7 años para ese deadline. Se necesita unos 5 años mínimo y más seguro 6 años, entre el inicio de la construcción hasta la puesta en operación de un submarino moderno (viendo los plazos de los U214 Portugueses y Coreanos, y los Chang Bogo Indonesios), entonces el inicio de construcción darse ser durante el curso de 2018. Estamos finalizando el 2016, con lo el calendario para llegar hasta el inicio de la construcción está al 'rojo vivo' pues hay que hacer todo lo necesario (selección, asignación de fondos, negociación y firma del contrato...) en menos de 2 años (si inicio de construcción a fines de 2018).
Si hablamos de costos:
- Chang Bogo (modelo U209-1400 fabricado por Corea, aprox. 1400 tons de desplazamiento): el contrato por 3 submarinos le salió a Indonesia en el 2011 unos 1.070 m$, algo así como 1.150 m$ en 2016 o casi 400 m$ por unidad. Si se compran 2, deberían costar algo más que eso, pongámosle 450 m$ la unidad.
- U214 (fabricado por TKMS, aprox. 1800 tons de desplazamiento): el contrato por 2 submarinos le salió a Portugal aprox. 500 m$ en 2005, que vendrían algo así como 600 m$ en 2016.
En cuestión de desplazamiento y prestaciones el U214 lleva la delantera de mi punto de vista, pero el Chang Bogo fabricado en Corea costaría 3/4 de un U214 fabricado en Alemania.
Cuestión de saber si los Coreanos estarían autorizados a construir los U214 para exportación - o vía una asociación con TKMS - a precio menor que si construido en Alemania que haga a la MGP (y al estado Peruano que paga la factura) inclinarse por el U214. La posibilidad de futuras órdenes (2 a construir más 4 en opción) debería dar margen de negociación para reducir los precios. Otra cosa es la financiación: ver la posibilidad de llevárselos a crédito aprovechando las bajas tasas de interés actuales.
A seguir de cerca. Saludos.