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<blockquote data-quote="grestucc" data-source="post: 1456465" data-attributes="member: 12218"><p>Esta nota tiene algo mas de un año, pero como algunos se interesaron preguntado por los blog de Brasil que se refieren a temas espaciales, esta está muy buena. Es de <a href="http://panoramaespacial.blogspot.com.ar/">http://panoramaespacial.blogspot.com.ar</a></p><p></p><p></p><p><a href="http://panoramaespacial.blogspot.com.ar/2012/04/ainda-sobre-polemica-do-acdh.html"><strong><span style="font-size: 26px">Ainda sobre a "polêmica" do ACDH</span></strong></a></p><p></p><p>Na última quarta-feira (25), reproduzimos no blog uma reportagem publicada no Jornal do SindCT acerca da compra pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no final de 2008, do sistema de controle e atitude de órbita (ACDH, sigla em inglês) do satélite Amazônia-1 junto à companhia argentina INVAP ("<a href="http://panoramaespacial.blogspot.com.br/2012/04/relembrando-polemica-do-acdh.html">Relembrando a polêmica do ACDH</a>").</p><p></p><p>No final desta semana, recebemos uma mensagem de Mario Eugênio Saturno, tecnologista sênior do INPE, com comentários sobre a matéria, os quais reproduzimos abaixo:</p><p></p><p></p><p><strong><em>Informações inexatas da polêmica do ACDH</em></strong></p><p></p><p><em>O SindCT lamentavelmente desinforma a comunidade com esta matéria com objetivo aparente de desestabilizar o atual diretor do INPE. E, o pior, parece ser por motivação pessoal com mais de duas décadas. É muito tempo! </em></p><p></p><p><em>Como na época dos fatos relatados no texto do sindicato fui vice-presidente da Comissão de Licitação do INPE e membro do grupo que analisaria as propostas das empresas, julgo-me bom conhecedor dos fatos em questão e gostaria de compartilhar a informação.</em></p><p></p><p><em>A seguir, pinço as partes do texto que não expressam a verdade dos fatos: </em></p><p><em></em></p><p><em>1) Sistema de controle de atitude e órbita é comprado de empresa argentina por R$ 47,5 milhões, ignorando diretriz do PNAE.</em></p><p><em></em></p><p><em>R) Não é verdade, já que o PNAE diz que se deve “Contratar, primordialmente na indústria nacional, sistemas e subsistemas completos de satélites e lançadores”. Segundo o Aurélio, “primordialmente” significa “Aquilo que se organiza ou ordena primeiramente”, não significa exclusivamente, unicamente. Portanto, não foi ignorado nada!</em></p><p><em></em></p><p><em>2) A direção do INPE deve esta explicação à comunidade e à sociedade</em></p><p><em></em></p><p><em>R) Não deve porque já foi muito explicado anos atrás, quando da contratação. Inclusive por um artigo meu.</em></p><p></p><p><em>3) Um dos principais desafios ... na área espacial. Quem as produz não as transfere, e dificilmente as vende.</em></p><p></p><p><em>R) Também pensava isso, mas, curiosamente, tivemos 5 empresas líderes na área (além da INVAP) dispostas a transferir e ensinar.</em></p><p></p><p><em>4) Além de beneficiar economicamente o país ... a EMBRAER poderá ser beneficiada com a possibilidade do livre comércio de suas aeronaves.</em></p><p></p><p><em>R) Alhos com bugalhos! Que eu saiba, o produto “satélite” brasileiro sempre vai custar mais caro por causa da escala e a EMBRAER utiliza sistemas dos EUA por causa da certificação das aeronaves, nada a ver com equipamentos espaciais, e o sistema de controle de um avião é um “pouquinho” diferente de um satélite ou um foguete.</em></p><p></p><p><em>5) No final de 2008, o INPE fez uma dispensa de licitação para comprar o subsistema ... diretamente da empresa argentina INVAP ...</em></p><p><em></em></p><p><em>R) a) Complementando, inciso XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifestamente vantajosas para o Poder Público. b) A INVAP não é uma empresa privada, 100% Sociedad del Estado.</em></p><p><em></em></p><p><em>6) Teria sido esta uma solução acertada para o país e para o Programa Espacial Brasileiro?</em></p><p></p><p><em>R) Foi! Da primeira tentativa feita em 1996 até 2008 foram muitos anos perdidos.</em></p><p></p><p><em>7) O que teria motivado a compra desta tecnologia no exterior?</em></p><p></p><p><em>R) Veja-se o histórico ou leia-se meu artigo.</em></p><p></p><p><em>8) Por que uma empresa argentina, com pouca tradição na venda de sistemas inerciais, teria sido escolhida como fornecedora?</em></p><p></p><p><em>R) Era a que cabia no acordo internacional! Porém, cabe ressaltar, a INVAP forneceu o satélite ao acordo com o JPL (Aquarius) da NASA.</em></p><p></p><p><em>9) As primeiras experiências ... SCD-1 ... SCD-2 ... SACI-1 ... SACI-2 ... FBM.</em></p><p></p><p><em>R) Experiências importantes mas não suficientes para um satélite controlado em três eixos.</em></p><p></p><p><em>10) Em 2003, o CNES descontinuou o programa, mas repassou ao INPE os equipamentos ... praticamente completa, faltando o software embarcado de controle.</em></p><p><em></em></p><p><em>R) O CNES descontinuou porque a direção do INPE na época não exigiu dos franceses o cumprimento do acordo. O FBM não servia aos propósitos do INPE. E “só” faltou o software...</em></p><p></p><p><em>11) O MCT transferiu ao INPE, então, a responsabilidade por este subsistema ... Para apoiar esta atividade foi estruturado um laboratório, o LABSIM ... Foi, também, organizada uma equipe para se dedicar ao Projeto de Controle da PMM, que desenvolveu trabalhos de 2003 até o início de 2006.</em></p><p></p><p><em>R) O LABSIM é isso, somente para apoio. A equipe somava de 1,5 a 2 engenheiros-mês, e até eles próprios estimaram o final do projeto em 27 anos.</em></p><p><em></em></p><p><em>12) Finalmente, como resultado da revisão do PNAE, finalizada em 2004, o DCTA e o INPE propuseram um projeto conjunto aos Fundos Setoriais ... R$ 40 milhões (60% para o DCTA e 40% para o INPE), tendo como objetivo principal na área de satélites o desenvolvimento do subsistema de controle da PMM.</em></p><p><em></em></p><p><em>R) E quais são os resultados até agora em 2012?</em></p><p><em></em></p><p><em>13) Ainda desconsiderando as iniciativas anteriores, foi, então, articulada a compra do subsistema ... mas o processo foi descontinuado pelo INPE, em face de recurso judicial interposto por um dos grupos participantes.</em></p><p></p><p><em>R) Não é verdade, foi considerado plenamente as iniciativas anteriores!</em></p><p><em></em></p><p><em>14) Finalmente, no final de 2008, a direção do INPE, através de uma dispensa de licitação, adquiriu o subsistema ... da empresa estatal argentina INVAP.</em></p><p></p><p><em>R) Esse “Finalmente, no final de 2008” dá a entender que se passou um tempão, na verdade foram poucos dias.</em></p><p></p><p><em>15) Dados, no país, o grande esforço prévio ... A menos que ao final deste contrato se verifique a existência de fornecedor nacional qualificado, via transferência de tecnologia, terá ocorrido apenas a compra ...</em></p><p><em>R) O acordo não permitiria transferência total, por opção do INPE que queria o produto rapidamente; pelos argentinos, o desenvolvimento do ACDH seria total mas demoraria cinco anos. O INPE apostou e ainda aposta no desenvolvimento interno para o satélite Lattes-1. Aliás, já houve transferência de conhecimento com o treinamento de equipes na própria INVAP.</em></p><p><em></em></p><p><em>16) A estratégia colocada em prática no início da década parece ser uma alternativa melhor sintonizada com os objetivos de autonomia e capacitação industrial do PNAE.</em></p><p></p><p><em>R) Qual? A compra completa de 2001 que foi inviabilizada por ameaças jurídicas? Porque já existe uma equipe desenvolvendo para o Lattes-1.</em></p></blockquote><p></p>
[QUOTE="grestucc, post: 1456465, member: 12218"] Esta nota tiene algo mas de un año, pero como algunos se interesaron preguntado por los blog de Brasil que se refieren a temas espaciales, esta está muy buena. Es de [URL='http://panoramaespacial.blogspot.com.ar/']http://panoramaespacial.blogspot.com.ar[/URL] [URL='http://panoramaespacial.blogspot.com.ar/2012/04/ainda-sobre-polemica-do-acdh.html'][B][SIZE=7]Ainda sobre a "polêmica" do ACDH[/SIZE][/B][/URL] Na última quarta-feira (25), reproduzimos no blog uma reportagem publicada no Jornal do SindCT acerca da compra pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no final de 2008, do sistema de controle e atitude de órbita (ACDH, sigla em inglês) do satélite Amazônia-1 junto à companhia argentina INVAP ("[URL='http://panoramaespacial.blogspot.com.br/2012/04/relembrando-polemica-do-acdh.html']Relembrando a polêmica do ACDH[/URL]"). No final desta semana, recebemos uma mensagem de Mario Eugênio Saturno, tecnologista sênior do INPE, com comentários sobre a matéria, os quais reproduzimos abaixo: [B][I]Informações inexatas da polêmica do ACDH[/I][/B] [I]O SindCT lamentavelmente desinforma a comunidade com esta matéria com objetivo aparente de desestabilizar o atual diretor do INPE. E, o pior, parece ser por motivação pessoal com mais de duas décadas. É muito tempo! [/I] [I]Como na época dos fatos relatados no texto do sindicato fui vice-presidente da Comissão de Licitação do INPE e membro do grupo que analisaria as propostas das empresas, julgo-me bom conhecedor dos fatos em questão e gostaria de compartilhar a informação.[/I] [I]A seguir, pinço as partes do texto que não expressam a verdade dos fatos: [/I] [I] 1) Sistema de controle de atitude e órbita é comprado de empresa argentina por R$ 47,5 milhões, ignorando diretriz do PNAE.[/I] [I] R) Não é verdade, já que o PNAE diz que se deve “Contratar, primordialmente na indústria nacional, sistemas e subsistemas completos de satélites e lançadores”. Segundo o Aurélio, “primordialmente” significa “Aquilo que se organiza ou ordena primeiramente”, não significa exclusivamente, unicamente. Portanto, não foi ignorado nada![/I] [I] 2) A direção do INPE deve esta explicação à comunidade e à sociedade[/I] [I] R) Não deve porque já foi muito explicado anos atrás, quando da contratação. Inclusive por um artigo meu.[/I] [I]3) Um dos principais desafios ... na área espacial. Quem as produz não as transfere, e dificilmente as vende.[/I] [I]R) Também pensava isso, mas, curiosamente, tivemos 5 empresas líderes na área (além da INVAP) dispostas a transferir e ensinar.[/I] [I]4) Além de beneficiar economicamente o país ... a EMBRAER poderá ser beneficiada com a possibilidade do livre comércio de suas aeronaves.[/I] [I]R) Alhos com bugalhos! Que eu saiba, o produto “satélite” brasileiro sempre vai custar mais caro por causa da escala e a EMBRAER utiliza sistemas dos EUA por causa da certificação das aeronaves, nada a ver com equipamentos espaciais, e o sistema de controle de um avião é um “pouquinho” diferente de um satélite ou um foguete.[/I] [I]5) No final de 2008, o INPE fez uma dispensa de licitação para comprar o subsistema ... diretamente da empresa argentina INVAP ...[/I] [I] R) a) Complementando, inciso XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifestamente vantajosas para o Poder Público. b) A INVAP não é uma empresa privada, 100% Sociedad del Estado.[/I] [I] 6) Teria sido esta uma solução acertada para o país e para o Programa Espacial Brasileiro?[/I] [I]R) Foi! Da primeira tentativa feita em 1996 até 2008 foram muitos anos perdidos.[/I] [I]7) O que teria motivado a compra desta tecnologia no exterior?[/I] [I]R) Veja-se o histórico ou leia-se meu artigo.[/I] [I]8) Por que uma empresa argentina, com pouca tradição na venda de sistemas inerciais, teria sido escolhida como fornecedora?[/I] [I]R) Era a que cabia no acordo internacional! Porém, cabe ressaltar, a INVAP forneceu o satélite ao acordo com o JPL (Aquarius) da NASA.[/I] [I]9) As primeiras experiências ... SCD-1 ... SCD-2 ... SACI-1 ... SACI-2 ... FBM.[/I] [I]R) Experiências importantes mas não suficientes para um satélite controlado em três eixos.[/I] [I]10) Em 2003, o CNES descontinuou o programa, mas repassou ao INPE os equipamentos ... praticamente completa, faltando o software embarcado de controle.[/I] [I] R) O CNES descontinuou porque a direção do INPE na época não exigiu dos franceses o cumprimento do acordo. O FBM não servia aos propósitos do INPE. E “só” faltou o software...[/I] [I]11) O MCT transferiu ao INPE, então, a responsabilidade por este subsistema ... Para apoiar esta atividade foi estruturado um laboratório, o LABSIM ... Foi, também, organizada uma equipe para se dedicar ao Projeto de Controle da PMM, que desenvolveu trabalhos de 2003 até o início de 2006.[/I] [I]R) O LABSIM é isso, somente para apoio. A equipe somava de 1,5 a 2 engenheiros-mês, e até eles próprios estimaram o final do projeto em 27 anos.[/I] [I] 12) Finalmente, como resultado da revisão do PNAE, finalizada em 2004, o DCTA e o INPE propuseram um projeto conjunto aos Fundos Setoriais ... R$ 40 milhões (60% para o DCTA e 40% para o INPE), tendo como objetivo principal na área de satélites o desenvolvimento do subsistema de controle da PMM.[/I] [I] R) E quais são os resultados até agora em 2012?[/I] [I] 13) Ainda desconsiderando as iniciativas anteriores, foi, então, articulada a compra do subsistema ... mas o processo foi descontinuado pelo INPE, em face de recurso judicial interposto por um dos grupos participantes.[/I] [I]R) Não é verdade, foi considerado plenamente as iniciativas anteriores![/I] [I] 14) Finalmente, no final de 2008, a direção do INPE, através de uma dispensa de licitação, adquiriu o subsistema ... da empresa estatal argentina INVAP.[/I] [I]R) Esse “Finalmente, no final de 2008” dá a entender que se passou um tempão, na verdade foram poucos dias.[/I] [I]15) Dados, no país, o grande esforço prévio ... A menos que ao final deste contrato se verifique a existência de fornecedor nacional qualificado, via transferência de tecnologia, terá ocorrido apenas a compra ...[/I] [I]R) O acordo não permitiria transferência total, por opção do INPE que queria o produto rapidamente; pelos argentinos, o desenvolvimento do ACDH seria total mas demoraria cinco anos. O INPE apostou e ainda aposta no desenvolvimento interno para o satélite Lattes-1. Aliás, já houve transferência de conhecimento com o treinamento de equipes na própria INVAP.[/I] [I] 16) A estratégia colocada em prática no início da década parece ser uma alternativa melhor sintonizada com os objetivos de autonomia e capacitação industrial do PNAE.[/I] [I]R) Qual? A compra completa de 2001 que foi inviabilizada por ameaças jurídicas? Porque já existe uma equipe desenvolvendo para o Lattes-1.[/I] [/QUOTE]
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