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<blockquote data-quote="AMX" data-source="post: 463238" data-attributes="member: 326"><p>Folha de Sao Paulo</p><p></p><p>Escolha de novo avião da FAB está na fase final</p><p></p><p>Da Sucursal de Brasília – Igor Gielow – Secretário de Redação</p><p></p><p>Não é casual o momento do lobby francês pelo caça Rafale na concorrência da FAB pelo futuro avião de combate do Brasil, que já conta com o quase público apoio político do ministro Nelson Jobim (Defesa).</p><p></p><p>Está nas mãos da comissão do chamado projeto F-X2 o relatório final da escolha. Concorrem para o fornecimento inicial de 36 aviões a Dassault (França, com o Rafale), a Boeing (EUA, com o F-18 Super Hornet) e a Saab (Suécia, com o Gripen NG). O valor que vinha sendo estimado era de US$ 2 bilhões, <strong>mas poderá ser mais do que o dobro disso.</strong></p><p></p><p>O comandante da Força, Juniti Saito, deverá entregar até agosto a decisão a Jobim. A FAB faz uma seleção com rigidez inédita no Brasil, mas a escolha não é só militar. O Brasil exige parceria e transferência tecnológica para seu parque aeronáutico, e a FAB usou artifícios que surpreenderam os concorrentes.</p><p></p><p>O mais recente ocorreu quando os fabricantes entregaram sua proposta final, em 8 de junho. Em vez de irem para casa, foram convocados a passar uma semana em Brasília explicando detalhes e renegociando pontos. Resultado: os três aviões tiveram quedas consideradas expressivas no seu preço final, que inclui armamentos, logística e suporte por 5 anos.</p><p></p><p><strong>Os dados são secretos e sujeitos a mudanças, mas os valores unitários comentados ficaram entre US$ 100 milhões e US$ 150 milhões.</strong> Isso dá algo entre US$ 3,6 bilhões e US$ 5,4 bilhões ao todo, mas é inócuo especular porque há muitas variáveis. Para fins de comparação, a Austrália pagou cerca de US$ 200 milhões por cada F-18 (mais armas e logística) que comprou recentemente.</p><p></p><p>Caberá a Jobim discutir com o presidente Lula e o Conselho de Defesa Nacional a decisão.</p><p></p><p>O ministro é um francófilo na hora das compras. Fechou um acordo bilionário com Paris para a compra de submarinos convencionais, capacitação de fabricação de submarino nuclear e montagem de helicópteros. A parte naval pode passar dos R$ 20 bilhões, e tem a Odebrecht como parceira dos franceses.</p><p></p><p>Os caças ficaram de fora só porque a FAB já tinha seu processo de seleção em curso. Mesmo agora, há brigadeiros insatisfeitos com a publicidade pró-França feita por Jobim e pelos deputados “elegantemente” convidados a Paris que analisarão o Orçamento militar para 2010.</p><p></p><p>Pode ocorrer um choque, então, caso a FAB não selecione os franceses. Correndo por fora, ainda, a diplomacia da Rússia até torce por isso para tentar entrar novamente no jogo. Apesar de forte lobby organizado por um brigadeiro da reserva no Brasil, foi surpreendentemente excluída pela FAB na seleção dos três finalistas.</p></blockquote><p></p>
[QUOTE="AMX, post: 463238, member: 326"] Folha de Sao Paulo Escolha de novo avião da FAB está na fase final Da Sucursal de Brasília – Igor Gielow – Secretário de Redação Não é casual o momento do lobby francês pelo caça Rafale na concorrência da FAB pelo futuro avião de combate do Brasil, que já conta com o quase público apoio político do ministro Nelson Jobim (Defesa). Está nas mãos da comissão do chamado projeto F-X2 o relatório final da escolha. Concorrem para o fornecimento inicial de 36 aviões a Dassault (França, com o Rafale), a Boeing (EUA, com o F-18 Super Hornet) e a Saab (Suécia, com o Gripen NG). O valor que vinha sendo estimado era de US$ 2 bilhões, [B]mas poderá ser mais do que o dobro disso.[/B] O comandante da Força, Juniti Saito, deverá entregar até agosto a decisão a Jobim. A FAB faz uma seleção com rigidez inédita no Brasil, mas a escolha não é só militar. O Brasil exige parceria e transferência tecnológica para seu parque aeronáutico, e a FAB usou artifícios que surpreenderam os concorrentes. O mais recente ocorreu quando os fabricantes entregaram sua proposta final, em 8 de junho. Em vez de irem para casa, foram convocados a passar uma semana em Brasília explicando detalhes e renegociando pontos. Resultado: os três aviões tiveram quedas consideradas expressivas no seu preço final, que inclui armamentos, logística e suporte por 5 anos. [B]Os dados são secretos e sujeitos a mudanças, mas os valores unitários comentados ficaram entre US$ 100 milhões e US$ 150 milhões.[/B] Isso dá algo entre US$ 3,6 bilhões e US$ 5,4 bilhões ao todo, mas é inócuo especular porque há muitas variáveis. Para fins de comparação, a Austrália pagou cerca de US$ 200 milhões por cada F-18 (mais armas e logística) que comprou recentemente. Caberá a Jobim discutir com o presidente Lula e o Conselho de Defesa Nacional a decisão. O ministro é um francófilo na hora das compras. Fechou um acordo bilionário com Paris para a compra de submarinos convencionais, capacitação de fabricação de submarino nuclear e montagem de helicópteros. A parte naval pode passar dos R$ 20 bilhões, e tem a Odebrecht como parceira dos franceses. Os caças ficaram de fora só porque a FAB já tinha seu processo de seleção em curso. Mesmo agora, há brigadeiros insatisfeitos com a publicidade pró-França feita por Jobim e pelos deputados “elegantemente” convidados a Paris que analisarão o Orçamento militar para 2010. Pode ocorrer um choque, então, caso a FAB não selecione os franceses. Correndo por fora, ainda, a diplomacia da Rússia até torce por isso para tentar entrar novamente no jogo. Apesar de forte lobby organizado por um brigadeiro da reserva no Brasil, foi surpreendentemente excluída pela FAB na seleção dos três finalistas. [/QUOTE]
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