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<blockquote data-quote="Figueredo" data-source="post: 465223" data-attributes="member: 12683"><p><strong>Dilma deixa compra de caças da FAB para 2012 !</strong></p><p></p><p>Por conta da situação fiscal preocupante e de dúvidas sobre a melhor opção, a presidente Dilma Rousseff definiu que a compra dos novos caças da FAB pode até ser decidida no fim deste ano, mas qualquer gasto só será feito a partir de 2012.</p><p></p><p>Com um corte em estudo que deve superar os R$ 40 bilhões no Orçamento e o trauma gerado pela tragédia no Rio, seria politicamente difícil para o governo decidir por um negócio tão caro neste momento em que o discurso é de austeridade.</p><p></p><p>A compra dos 36 aviões de combate não sairá por menos de R$ 10 bilhões. Será financiado, mas requer uma parcela imediata. Dilma também já havia decidido colher mais informações. O antecessor, Lula, havia concentrado o processo nas mãos do ministro Nelson Jobim (Defesa).</p><p></p><p>Além de ter feito questão de uma conversa a sós com o comandante Juniti Saito (Aeronáutica), ela também entregou documentos ao ministro do Desenvolvimento, seu amigo Fernando Pimentel.</p><p></p><p>Dilma quer ouvir setores fora do governo, principalmente a Embraer, e criar um grupo interministerial que examine a questão, reanalisando os argumentos da FAB (pró-Gripen sueco) e da Defesa (pró-Rafale francês).</p><p></p><p>A negociação de preço provavelmente só ocorrerá após a escolha de um dos três concorrentes –o terceiro é o F/A-18 dos EUA– e não há hoje a possibilidade de reabertura do negócio a outros concorrentes.</p><p></p><p>O adiamento confirma a enfraquecida posição do francês Dassault Rafale, preferido de Lula e de Jobim.</p><p></p><p>Mais caro dos aviões oferecidos e o último na preferência da FAB, ele sairia por US$ 8 bilhões (R$ 13,3 bilhões ontem), mas Jobim diz ter conseguido abater US$ 2 bilhões (R$ 3,3 bilhões) do valor.</p><p></p><p>Crescem, por consequência, as chances da opção mais barata, que era a escolhida pela avaliação técnica da FAB, o sueco Saab Gripen –cujo pacote custa US$ 6 bilhões (R$ 10 bilhões).</p><p></p><p>E um reforçado lobby norte-americano recolocou no páreo o Boeing F/A-18, cuja venda com armas e logística foi ofertada por US$ 7,7 bilhões (R$ 12,9 bilhões).</p><p></p><p>Dilma ouviu o lobby pessoalmente do senador John McCain, na semana passada.</p><p></p><p>Disse a ele que o avião seria considerado, se houvesse uma manifestação explícita do Congresso americano de que não haveria veto à transferência de tecnologia de componentes do caça.</p><p></p><p>Até aqui, argumenta, a garantia é do governo dos Estados Unidos.</p><p></p><p>O senador americano disse que conseguirá uma carta com manifestação do Congresso americano. A instituição já aprovou a proposta da Boeing, mas pode haver vetos no futuro.</p><p></p><p>O maior derrotado no processo, contudo, é Jobim, que buscava uma decisão rápida. Ele defende a consonância com a parceria já estabelecida com a França, que vendeu submarinos e helicópteros por mais de R$ 20 bilhões no ano retrasado.</p></blockquote><p></p>
[QUOTE="Figueredo, post: 465223, member: 12683"] [b]Dilma deixa compra de caças da FAB para 2012 ![/b] Por conta da situação fiscal preocupante e de dúvidas sobre a melhor opção, a presidente Dilma Rousseff definiu que a compra dos novos caças da FAB pode até ser decidida no fim deste ano, mas qualquer gasto só será feito a partir de 2012. Com um corte em estudo que deve superar os R$ 40 bilhões no Orçamento e o trauma gerado pela tragédia no Rio, seria politicamente difícil para o governo decidir por um negócio tão caro neste momento em que o discurso é de austeridade. A compra dos 36 aviões de combate não sairá por menos de R$ 10 bilhões. Será financiado, mas requer uma parcela imediata. Dilma também já havia decidido colher mais informações. O antecessor, Lula, havia concentrado o processo nas mãos do ministro Nelson Jobim (Defesa). Além de ter feito questão de uma conversa a sós com o comandante Juniti Saito (Aeronáutica), ela também entregou documentos ao ministro do Desenvolvimento, seu amigo Fernando Pimentel. Dilma quer ouvir setores fora do governo, principalmente a Embraer, e criar um grupo interministerial que examine a questão, reanalisando os argumentos da FAB (pró-Gripen sueco) e da Defesa (pró-Rafale francês). A negociação de preço provavelmente só ocorrerá após a escolha de um dos três concorrentes –o terceiro é o F/A-18 dos EUA– e não há hoje a possibilidade de reabertura do negócio a outros concorrentes. O adiamento confirma a enfraquecida posição do francês Dassault Rafale, preferido de Lula e de Jobim. Mais caro dos aviões oferecidos e o último na preferência da FAB, ele sairia por US$ 8 bilhões (R$ 13,3 bilhões ontem), mas Jobim diz ter conseguido abater US$ 2 bilhões (R$ 3,3 bilhões) do valor. Crescem, por consequência, as chances da opção mais barata, que era a escolhida pela avaliação técnica da FAB, o sueco Saab Gripen –cujo pacote custa US$ 6 bilhões (R$ 10 bilhões). E um reforçado lobby norte-americano recolocou no páreo o Boeing F/A-18, cuja venda com armas e logística foi ofertada por US$ 7,7 bilhões (R$ 12,9 bilhões). Dilma ouviu o lobby pessoalmente do senador John McCain, na semana passada. Disse a ele que o avião seria considerado, se houvesse uma manifestação explícita do Congresso americano de que não haveria veto à transferência de tecnologia de componentes do caça. Até aqui, argumenta, a garantia é do governo dos Estados Unidos. O senador americano disse que conseguirá uma carta com manifestação do Congresso americano. A instituição já aprovou a proposta da Boeing, mas pode haver vetos no futuro. O maior derrotado no processo, contudo, é Jobim, que buscava uma decisão rápida. Ele defende a consonância com a parceria já estabelecida com a França, que vendeu submarinos e helicópteros por mais de R$ 20 bilhões no ano retrasado. [/QUOTE]
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