Prossegue a cobertura de Zona Militar do Exercício ACRUX XI no rio Paraná, cobrindo as atividades realizadas pelas Marinhas da Argentina, Brasil e Uruguai (com o Paraguai como observador). As intensas atividades da Força-Tarefa Fluvial, com apoio da Aviação Naval da Argentina e Uruguai, tiveram maior ênfase na atuação dos efetivos das unidades de Infantaria de Marinha.

Consultando os diretores do exercício ACRUX XI sobre o planejamento do dia 18 de julho, eles nos informaram que “… nesta manhã foi realizada uma ação combinada com as marinhas do Uruguai, Brasil e Argentina (…) tratou-se do ensaio de uma operação de incursão ribeirinha, na qual os meios das marinhas realizaram o ensaio contra um objetivo terrestre”.

Além dos respectivos navios e lanchas da Marinha da Argentina, Brasil e Uruguai, as forças destacaram pessoal e meios de suas respectivas unidades de Infantaria de Marinha; no caso argentino, representados pelo Batalhão de Infantaria de Marinha Nº3 “Almirante Eleazar Videla”, comandado pelo Capitão de Navio IM Hernán Osvaldo Rubio.

Como foi indicado previamente pelo Comandante do BIM 3, a função da infantaria de marinha é “… realizar o reconhecimento e exploração dos pontos de ancoragem da Força-Tarefa Fluvial, bem como o estabelecimento de pontos de escuta e defesa para proteção contra um hipotético ataque inimigo, considerando a vulnerabilidade dos navios devido à proximidade da margem do rio”.

Prosseguindo com as atividades de ontem, as unidades de infantaria de marinha, operando a partir de lanchas Guardian e outras embarcações, executaram um dispositivo de segurança para os navios da Força-Tarefa Fluvial, posicionando-se nas margens dos rios enquanto estes avançavam para os pontos de ancoragem designados.

Posteriormente, o BIM 3, através de sua companhia de atiradores “Golf”, realizou ações para assegurar três objetivos em terra (Alfa, Bravo e Charlie) e estabelecer sua defesa posterior; enquanto as unidades de infantaria de marinha do Brasil e Uruguai assegurariam os pontos Delta e Echo à noite, que incluem um aeródromo que deveria ser capturado e assegurado.

Atividade em operações ribeirinhas:

Durante as atividades combinadas, Zona Militar, no âmbito de uma coletiva de imprensa, pôde dialogar com o Comodoro de Marinha Daniel Francisco Finardi, Comandante da Área Naval Fluvial da Marinha Argentina e Diretor do Exercício ACRUX XI.

Ele destacou a realização desta nova edição do exercício ACRUX entre as marinhas da Argentina, Brasil e Uruguai, que possui mais de vinte anos de história desde sua primeira edição em 1999, “… e que se realiza de forma bianual, alternando a direção e sede do exercício entre as marinhas do Brasil, Uruguai e Argentina”.

“Em sua décima primeira edição, podemos dizer que está mais vigente do que nunca. É um exercício que fortalece os laços de amizade e fraternidade entre Argentina, Uruguai, Brasil e Paraguai, e que se materializa este ano com uma participação muito importante…”, destacou o Comandante da Área Naval Fluvial.

Sobre o desdobramento de meios e pessoal, ele afirmou que há onze meios de superfície, quatro aeronaves de asa fixa, um helicóptero, três companhias de infantaria de marinha, mergulhadores de combate, um observador militar, envolvendo aproximadamente 550 efetivos, requerendo grande cooperação e coordenação entre as forças envolvidas.

“… Operar no âmbito fluvial, onde os espaços são muito estreitos, águas restritas, os riscos são importantes. Isso requer toda uma preparação e coordenação prévia para poder executar as atividades com o máximo de realismo, mas ao mesmo tempo com muita segurança…”, ressaltou o Comodoro de Marinha Finardi.

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