Nas últimas semanas, a região do Oriente Médio acendeu novamente os alarmes com a escalada de tensão entre Israel e Irã através de seus proxies. Por isso, a Marinha dos Estados Unidos (US Navy) vai desdobrar o Grupo de Ataque do Porta-aviões USS Abraham Lincoln (CVN-72) para fortalecer sua presença regional e evitar de alguma forma a escalada dos conflitos na região do Mar Vermelho e arredores.

Na semana passada, Israel conduziu uma série de ataques que resultaram no assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, na capital do Irã, Teerã. Devido a isso, somado a outros eventos, oficiais militares iranianos e forças proxy no Líbano, Iraque e Iêmen se reuniram para discutir operações de retaliação contra Israel. Tanto é assim que, nas últimas horas, os Estados Unidos tomaram a decisão de desdobrar meios navais adicionais, como o porta-aviões USS Abraham Lincoln e os navios de escolta com capacidade de defesa contra mísseis balísticos e seus respectivos grupos aéreos embarcados para a zona.

Vale lembrar que a posição do USS Abraham Lincoln foi anteriormente ocupada pelo USS Dwight D. Eisenhower (CVN 69), que esteve operando no Oriente Médio desde 12 de julho do ano passado como parte da Operação Guardiões da Prosperidade para proteger o tráfego mercante no Mar Vermelho e no Golfo de Áden.

Após nove meses de desdobramento, o porta-aviões retornou à Base Naval de Norfolk, localizada no estado da Virgínia, para continuar suas tarefas de manutenção. Em seu lugar, o USS Theodore Roosevelt, navio-chefe do Grupo de Ataque 9, partiu em 11 de janeiro de 2024 para apoiar e ocupar o espaço do Eisenhower enquanto ele se retirava. “Para manter a presença de um grupo de ataque de porta-aviões no Oriente Médio, o Secretário ordenou que o Grupo de Ataque do Lincoln substituísse o Grupo de Ataque do USS Theodore Roosevelt, atualmente desdobrado na área de responsabilidade do Comando Central”, diz o comunicado do Pentágono.

USS Dwight D. Eisenhower (CVN 69)

Durante esses dias, as aeronaves de seu Grupo Aéreo Embarcado acumularam mais de 31.400 horas de voo em operações para neutralizar veículos aéreos não tripulados (UAV), veículos de superfície não tripulados (USV) e veículos submarinos não tripulados (UUV) de ataque unidirecional (OWA) empregados pelos houthis com o objetivo de atacar navios mercantes, afetando as rotas marítimas críticas.

Como outro precedente, o comunicado oficial da Marinha dos Estados Unidos explica que, no mês de abril, o Irã lançou um ataque com mísseis e drones contra Israel em resposta a um ataque israelense contra a embaixada iraniana na Síria. Este ataque foi repelido graças aos destróieres de mísseis guiados dos Estados Unidos que interceptaram mísseis balísticos e de cruzeiro no primeiro uso em combate do Standard Missile 3.

Por fim, quanto à chegada do Grupo de Ataque do Porta-aviões USS Abraham Lincoln, estima-se que pode levar duas semanas ou mais para cruzar o Pacífico e o Índico e chegar ao Oriente Médio. O Pentágono também anunciou o desdobramento de esquadrões de caças não especificados que estão se dirigindo à região para reforçar os esquadrões que já operam na região a partir de diversas bases aéreas.

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