Com os dois Sikorsky SH-3H “Sea King” que a Marinha de Guerra do Peru (MGP) levou ao recentemente concluído Exercício Multinacional RIMPAC (Rim of the Pacific), o componente aeronaval demonstrou que estava à altura do desafio proposto pelo mais importante exercício de guerra naval do mundo. Os helicópteros, junto com suas tripulações e equipe técnica de manutenção, conseguiram cumprir todas as variadas e complexas tarefas atribuídas ao Grupo de Tarefa Anfíbio peruano, neste gigantesco exercício de combate no mar do Havaí.
Sem registrar nenhum incidente significativo durante suas variadas operações, como busca e salvamento (SAR), evacuações aeromédicas, operações de interdição marítima, assim como transporte de pessoal e carga. Além disso, realizaram assaltos aéreos de forças especiais, apoio à infantaria da marinha como parte do componente anfíbio de desembarque e assistência humanitária à população vulnerável diante de uma situação hipotética de desastre.
Uma das ações mais importantes em que participaram foi o assalto anfíbio na ilha de Oahu, onde os SH-3H peruanos completaram a inserção de 73 fuzileiros navais totalmente equipados na zona de aterrissagem “Tigershark”. A ampla capacidade de transporte aéreo para zonas críticas foi evidenciada nesta ocasião, onde o “Sea King” pôde conduzir sem problemas as equipes de combate formadas por dez soldados.
Dessa forma, contribuiu para a segurança de posições estratégicas para um bloqueio posterior, possibilitando o sucesso do esforço principal na área de operações, sob responsabilidade da Força de Desembarque. Neste exercício complexo, também participaram unidades navais, como os ROKS Cheon Ja Bong (Coreia), USS Somerset (EUA), JS Kunisaki (Japão) e ARM Usumacinta (México).
As aeronaves de asa rotativa peruanas tiveram como base de operações o navio multipropósito de transporte e projeção estratégica BAP Pisco (AMP-156), que já iniciou seu retorno para casa após cumprir a missão atribuída. Os helicópteros desdobrados fazem parte do “pacote” de seis unidades transferidas em meados do ano passado, provenientes da 5ª Esquadrilha da Flotilha de Aeronaves (FLOAN) da Marinha Espanhola, onde eram conhecidos pelo indicativo “Morsa”.
Após serem oficialmente recebidos pelo país sul-americano, foram imediatamente incorporados ao Comando da Força de Aviação Naval (Avinav) da MGP, especificamente ao Esquadrão Aeronaval Nº 22, com sede em Callao, que possui vasta experiência no uso desse tipo de sistema. O “22” atualmente dispõe do sistema Agusta Sikorsky ASH-3D anti-superfície, que chegou novo da Itália a partir de 1977; e do UH-3H multimissão, que procede do Programa de Vendas Militares Estrangeiras (FMS) dos Estados Unidos, recebido em Lima no final de 2008.
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