Enquanto o Exercício Bilateral Falcon Strike 2024 continua em andamento, várias imagens dos caças J-10C da Força Aérea do Exército de Libertação Popular da China (PLAAF) surgem nas redes sociais, mostrando os exercícios realizados com aeronaves de combate Gripen da Força Aérea da Tailândia. Embora esta não seja a primeira edição dessa atividade combinada, a interação entre aviões de combate chineses e aqueles de origem ocidental sempre chama a atenção dos especialistas.
Conforme relatado anteriormente, entre os dias 18 e 29 de agosto, está ocorrendo uma nova edição do Exercício Bilateral Falcon Strike entre a Força Aérea do Exército de Libertação Popular da China e a Real Força Aérea Tailandesa, tendo como cenário a Base Aérea de Udorn, na Tailândia.
Entre as aeronaves destacadas pela PLAAF, chama a atenção a presença dos caças Chengdu J-10C, dos biplace J-10AS, assim como das aeronaves de ataque JH-7A. Além disso, para transportar as equipes de apoio com o objetivo de sustentar e manter esse desdobramento, a Força Aérea da China também destacou uma de suas aeronaves de transporte estratégico Xian Y-20.
Embora maiores detalhes sobre as atividades não tenham sido divulgados, os exercícios têm como objetivo aumentar a interoperabilidade e a preparação para o combate de ambas as forças aéreas. Para esses fins, presume-se que estejam sendo realizadas missões combinadas focadas em cobertura e defesa aeroespacial, interceptação, além das formações habituais de equipes, em que uma parte é a atacante e a outra a defensora de alvos simulados.
Sobre este último ponto, seguindo no plano das suposições, os caças J-10C e JH-7A da Força Aérea Chinesa poderiam enfrentar os Gripen tailandeses em combates aéreos simulados. Mais especificamente, onde os JH-7A seriam desdobrados em missões de ataque escoltados e defendidos pelos J-10, enquanto os Gripen teriam que interceptá-los e neutralizá-los.
Esse tipo de exercício bilateral não é um caso isolado. Além de que esta edição do Falcon Strike não é a primeira a ser realizada, a Força Aérea da China está promovendo novos exercícios com potenciais novos parceiros do Gigante Asiático em outras regiões. Um exemplo disso é o Exercício Falcon Shield, realizado recentemente na província de Xinjiang, contando com a participação da Força Aérea dos Emirados Árabes Unidos.
Realizado no mês de julho passado, foi uma importante atividade para a força aérea dos Emirados, que desdobrou sete caças-bombardeiros Mirage 2000-9, apoiados por aeronaves de transporte C-17A Globemaster III e um reabastecedor A330 MRTT. Como foi expressado na ocasião: “Embora estes não representem o estado da arte, sua presença não apenas permitirá que seus sistemas sejam ‘vistos de perto’ pelos militares chineses, mas também dará a oportunidade para os pilotos de combate locais treinarem contra modelos operados por países como Taiwan e Índia…”.
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