Durante a tarde e noite de sábado, 17, e domingo, 18 de agosto, e no âmbito da Fase Marítima do Exercício Combinado Fraterno XXXVII, as unidades de superfície da Armada Argentina e da Marinha do Brasil realizaram uma série de exercícios antissubmarinos e de defesa aérea, atividades que incluíram a prática de tiro com munição de guerra denominada “BENGALEX”.
A bordo do navio-patrulha oceânico ARA Storni, a equipe da Zona Militar pôde testemunhar as tarefas de coordenação e preparação do pessoal e do material que participariam da atividade de tiro noturno. Na proa do navio, foi realizado o alistamento e o carregamento de munição do sistema de armas remoto Leonardo Marlin WS de 30mm, enquanto nas laterais foi feito o mesmo com as metralhadoras Browning M2 de 12,7mm que equipam as estações de armamento ROV 8 Naval.
Sob a responsabilidade do departamento de armamento do ARA Storni, o pessoal envolvido nas tarefas preparou ambos os sistemas para o exercício de tiro noturno. Estas tarefas envolveram diversas verificações do armamento e da munição, desde o correto alinhamento até o posterior carregamento.
Com o passar das horas, o navio-patrulha oceânico ARA Storni, os destróieres MEKO 360 ARA La Argentina e ARA Sarandí, as corvetas MEKO 140 ARA Rosales e ARA Espora, junto com a Fragata Liberal da Marinha do Brasil, começaram a formar uma coluna para se dirigirem à zona designada como a área de tiro. Esta manobra, realizada sob o manto da escuridão, contou com o apoio de um dos helicópteros embarcados, que foi destacado para uma última verificação da área de tiro e das proximidades, a fim de assegurar que não houvesse trânsito de outras embarcações.
Uma vez concluídas as coordenações e garantias, a formação iniciou a contagem regressiva para dar luz verde ao exercício BENGALEX. Na contagem de 0, o destróier ARA La Argentina lançou foguetes sinalizadores, que serviram de alvo, simulando os objetivos aéreos a serem atingidos pela artilharia dos navios argentinos e brasileiros. Os minutos seguintes foram uma sinfonia de artilharia antiaérea, com tiros de munição traçante das peças bitubo de 40mm dos destróieres e corvetas argentinas, 12,7mm do navio-patrulha Storni e 40mm de uma das peças monotubo Bofors Trinity Mk.3 de 40mm da Fragata Liberal.
No caso do navio-patrulha oceânico ARA Storni, foi aberto fogo com o canhão ATK Mk44 de 30 mm do sistema Marlin, disparando 30 tiros em modo automático, enquanto uma das metralhadoras M2 efetuou 100 disparos em rajadas de 10 tiros. As mencionadas estações, que são controladas remotamente, contam com uma suíte de sistemas eletro-ópticos que inclui câmeras diurnas e noturnas, que permitem visualizar, adquirir e seguir o alvo sob diversas condições.
Vale destacar que este tipo de atividade é o corolário de todo o trabalho realizado durante o treinamento e planejamento no porto, permitindo corroborar o bom desempenho do pessoal e dos sistemas, ao mesmo tempo que serve para aperfeiçoar detalhes que possam surgir durante o exercício.
É importante destacar que, para o segundo exercício BENGALEX, não houve a participação do destróier ARA La Argentina e da corveta ARA Rosales, unidades que finalizaram sua participação no exercício Fraterno XXXVII na tarde de domingo. Repetindo o que foi feito no dia anterior, as unidades participantes realizaram tiros com metralhadoras de 12,7mm, bem como com canhões de 30 e 40mm.
Tiro de munição de guerra “BENGALEX” – Exercício Combinado FRATERNO:
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