No âmbito do exercício OCEAN 2024 da Rússia, duas aeronaves de patrulha foram recentemente detectadas pelo Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) operando na Zona de Identificação de Defesa Aérea do Alasca (ADIZ). O referido exercício começou na semana passada com a participação da Força Aérea e da Marinha da Rússia, bem como com a presença de unidades militares do Exército de Libertação Popular da China (PLA) na região do Pacífico.

Imagem usada para fins ilustrativos. Créditos a quem for apropriado.

Os exercícios sob o título OCEAN 2024 fazem parte de uma série de manobras aeronaval e submarinas da Rússia em diferentes pontos da Europa e do Pacífico. Este envolve uma quantidade considerável de meios navais, aéreos e de superfície, provenientes das frotas do Báltico, do Mar do Norte e do Pacífico da Marinha Russa.

Em um comunicado, o NORAD informou que, no dia 14 de setembro, aviões de patrulha Il-38 e Tu-142MK foram monitorados na ADIZ, permanecendo no espaço aéreo internacional, mas sem entrar no espaço aéreo soberano dos Estados Unidos ou do Canadá. Como indicado em episódios anteriores, “é preciso destacar que a ADIZ não deve ser confundida com o espaço aéreo soberano. Até o momento, pode ser compreendida como uma zona declarada unilateralmente por qualquer país, com o objetivo de identificar, localizar e controlar o tráfego aéreo, civil ou militar, de uma região específica. Embora seja amplamente utilizada por diversos países ao redor do mundo, as ADIZs atualmente não são regulamentadas nem definidas por qualquer tratado ou convenção internacional.”

No caso da aeronave de patrulha e guerra antisubmarina Tu-142MK, juntamente com caças Su-30SM da Aviação Naval da Marinha, foram também interceptados em 13 de setembro por caças Eurofighter da Força Aérea Alemã (Luftwaffe) na região do Báltico. Esses incidentes se somam a outros registrados periodicamente nos últimos meses, com a participação de aeronaves militares russas e alemãs na região, quando são realizados voos sem plano de voo anunciado e com transpondedores apagados, iniciando os protocolos de interceptação QRA.

Da mesma forma, as Forças de Autodefesa do Japão informaram, em 12 de setembro, sobre voos de patrulha no sul do Japão, no arquipélago das ilhas Ryūkyū, através dos estreitos de Tsushima, Miyako e Sōya. De acordo com os mapas divulgados, os voos incluíram uma circunavegação do arquipélago japonês.

Voltando ao incidente registrado na ADIZ do Alasca, embora o NORAD tenha indicado que não é a primeira vez que tais voos são registrados, a atenção está no fato de que, como alertam altos oficiais da Força Aérea dos EUA (USAF), a atividade de aeronaves de patrulha de longo alcance russas poderia se intensificar. A situação se torna mais relevante quando essas missões envolvem a participação de meios e pessoal do Exército Popular de Libertação da China (EPLC), como ocorreu no final de julho, quando foi detectada uma patrulha combinada de bombardeiros Tu-95MS das Forças Aeroespaciais da Rússia e H-6K da Força Aérea do EPLC. Isso gerou uma resposta combinada de caças F-16 e F-35A dos EUA, que, juntamente com CF-18 canadenses, interceptaram as aeronaves no espaço aéreo internacional.

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