Por meio da divulgação oficial de fotografias, o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) confirmou o envio de caças F-16 da Força Aérea dos EUA para interceptar aviões de patrulha marítima e guerra antissubmarino Tu-142MK e Il-38 da Marinha Russa que operavam na ADIZ do Alasca. Embora não tenham sido fornecidos mais detalhes, as fotos publicadas em 23 de setembro coincidem com o envio registrado em 14 de setembro pelos meios da Aviação Naval Russa, como parte do exercício OCEAN 2024.
Naquela semana, tanto o Ministério da Defesa da Federação Russa quanto o NORAD confirmaram a presença de aeronaves da Aviação Naval Russa operando em espaço aéreo internacional, dentro da Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) do Alasca, estabelecida pelos Estados Unidos. Especificamente, tratava-se de aeronaves de patrulha marítima e guerra antissubmarino Tu-142MK e Il-38, escoltadas por caças Su-30SM.
A novidade reside no fato de que, em seus comunicados oficiais datados de 13 e 14 de setembro, o NORAD não mencionou o envio de caças F-16 da Força Aérea dos EUA para interceptar as aeronaves russas na ADIZ do Alasca. Em seu comunicado daquela data, foi informado apenas que a interceptação do Tu-142MK ocorreu em 13 de setembro, enquanto um incidente semelhante aconteceu em 14 de setembro com uma dupla de Il-38s. O NORAD esclareceu que não houve violação do espaço aéreo soberano e que essa atividade militar russa não é considerada uma ameaça. No entanto, nenhum dos comunicados mencionou o envio de caças F-16 para realizar a interceptação no âmbito da Operação Noble Eagle.
Por outro lado, e como mostram as imagens, destaca-se a presença de um caça F-16 com seu característico camuflado “agressor“, o que revela que pertence ao 18º FIS (Fighter Interceptor Squadron), anteriormente conhecido como 18º Aggressor Squadron, operando a partir da Base Aérea de Eielson, no Alasca.
Além da confirmação da interceptação por caças da USAF, comandantes militares dos EUA alertaram que a atividade de aeronaves de patrulha de longo alcance russas está sob crescente atenção, especialmente se essas patrulhas forem realizadas de forma coordenada com forças aeroespaciais das Forças Armadas da Rússia e da China, como ocorreu no final de julho.
Fotos: NORAD.
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