Enquadrado em seu Programa Estratégico de Forças Blindadas, o Exército Brasileiro submeteu a testes seu novo Veículo Blindado de Cavalaria (VBC) 8×8 Centauro II e à versão modernizada de seus veículos blindados Cascavel NG. A ocasião também serviu para apresentar a nova versão do míssil guiado anticarro MAX 1.2 AC, desenvolvido e fabricado pela empresa local SIATT.

Em meados de agosto e início de setembro, o Exército Brasileiro recebeu os dois primeiros Veículos Blindados de Cavalaria (VBC) 8×8 Centauro II fornecidos pelo Consórcio CIO para serem submetidos a testes e avaliações em solo brasileiro. A entrega desses blindados havia sido adiada devido a trâmites portuários na Alemanha.

Esses dois blindados estão sendo submetidos a testes e avaliações pelo Centro de Avaliação do Exército (CAEx), com o objetivo de refinar o design e adaptá-lo aos requisitos do EB, que serão aplicados nas 96 unidades que serão produzidas pelo Consórcio CIO.

Embora o Centauro II esteja destinado a substituí-lo a médio/longo prazo, o Exército Brasileiro também apresentou, simultaneamente, a nova versão de seus veículos blindados EE-09 Cascavel. Denominado NG, o protótipo, apresentado oficialmente em dezembro do ano passado, também foi submetido a testes de pista, destacando-se o detalhe de estar equipado com o lançador de mísseis anticarro acoplado à sua torre. Atualmente, os trabalhos estão sendo conduzidos pela empresa Akaer, com intervenções previstas em 98 unidades.

Sobre os testes aos quais os dois veículos blindados sobre rodas estão sendo submetidos, o Comandante do EB afirmou durante a apresentação: “Hoje podemos ver mais uma prova do poder e da constante evolução tecnológica do nosso Exército brasileiro. Os veículos Centauro, com sua robustez e preparação militar, e o mais modernizado Cascavel, fortalecem ainda mais a operatividade da nossa força terrestre”.

Segundo o comunicado oficial de 27 de setembro: “… os especialistas do CAEx avaliaram o desempenho dos veículos em situações extremas, como terrenos acidentados e cenários de combate simulados. Foram realizados 30% de transposição de rampa lateral, 60% de transposição de rampa longitudinal e 60% de imobilização de rampa longitudinal, além de testes de travessia de vau. O objetivo é garantir que os veículos estejam preparados para atender às demandas operacionais do Exército”.

Por fim, como destacado, outro ponto de atenção foi a apresentação realizada pela SIATT do novo míssil MAX 1.2 AC, que equipará os Cascavel NG e é uma versão derivada do míssil anticarro MSS 1.2. No entanto, não foram indicadas as diferenças ou novas capacidades deste novo projétil guiado, presumivelmente sendo uma versão adaptada para ser disparada a partir do lançador que equipa o Cascavel modernizado.

*Fotografias: Exército Brasileiro.

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