Com motivo da passagem do submarino nuclear da Marinha dos EUA USS “Hampton” (SSN-767), a área ao redor da Base de Submarinos da Ilha da Madeira, em Itaguaí (RJ), foi submetida a exames radiológicos conduzidos pela Marinha do Brasil. Durante o tempo em que o submarino esteve atracado na Base, foram coletadas amostras de água e sedimentos do fundo do mar, que estão atualmente sendo analisadas por técnicos do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD), para verificar possíveis vazamentos de material radioativo.
O USS “Hampton” chegou ao Brasil após participar do exercício multinacional “Unitas LXV”, no qual também esteve presente a MB com a fragata classe Niterói “Liberal”, em setembro deste ano, com sede na cidade de Valparaíso. Pertencente à classe Los Angeles, o “Hampton” está equipado com um reator nuclear, o que elimina a necessidade de reabastecimento de combustível e, portanto, permite que permaneça submerso e em operação por mais tempo.
A esse respeito, o Superintendente de Relações Institucionais e Comunicação Social da Secretaria de Segurança e Qualidade Nuclear da Marinha, Vice-Almirante Antônio Capistrano de Freitas Son, afirmou que “A tecnologia nuclear é um setor estratégico para a defesa nacional e seu desenvolvimento é um compromisso da Marinha. No entanto, é uma atividade que envolve riscos, que devem ser geridos adequadamente. Este monitoramento faz parte de um protocolo de segurança nuclear, que contribui para prevenir a contaminação radioativa das embarcações.”
A Secretaria de Segurança e Qualidade Nuclear é um órgão consultivo diretamente subordinado ao Comandante da MB e tem como principais funções regular, licenciar, inspecionar e controlar submarinos, embarcações de superfície, plataformas ou navios que utilizam reatores nucleares como fonte de energia, próprios ou de terceiros, especialmente em águas jurisdicionais brasileiras, com o objetivo de proteger as tripulações, a população, os bens e o meio ambiente contra os efeitos indesejáveis das radiações ionizantes.
Esta é a segunda vez neste ano que a Marinha precisou monitorar os níveis de radiação na costa brasileira. Em maio passado, o porta-aviões USS “George Washington” da Marinha dos EUA ancorou na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro (RJ), marcando o fim do exercício conjunto “Mares do Sul”. Naquela ocasião, foram realizadas medições de ar, água e sedimentos marinhos, bem como tripulantes autorizados a desembarcar e materiais descartados.
*Créditos das imagens: Agência Marinha de Notícias.
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