A Marinha de Guerra do Peru intensificou seus esforços de vigilância nas 200 milhas náuticas, conhecidas como o “Mar de Grau”, diante da crescente presença de uma frota de pesqueiros chineses próximos à linha de fronteira marítima. A Direção Geral de Capitanias e Guarda Costeira, com seus meios navais e aéreos, está diretamente envolvida nessas ações, realizando o monitoramento contínuo das posições geográficas de todas as embarcações dentro das águas jurisdicionais.
Esse controle abrange qualquer atividade no domínio marítimo, desde a entrada até a saída, e é realizado por meio de plataformas avançadas de satélites e sistemas de posicionamento, que fornecem informações precisas, mesmo que esses sistemas sejam temporariamente desligados, segundo a instituição naval.
Os meios envolvidos incluem principalmente seis Patrulheiras Marítimas PGCP-50 classe Río Pativilca—derivada da classe Taeguk da Coreia do Sul—construídas nos estaleiros do Sima Perú, sede Chimbote, em parceria com a STX Offshore & Shipbuilding. Foi destacado que esse trabalho é complementado por patrulhas marítimas e voos de exploração realizados por navios e aeronaves, verificando a precisão dos dados emitidos por nossas plataformas de rastreamento.
Na semana passada, um grupo de organizações de pesca artesanal da região de Piura denunciou que a pesca da lula gigante, conhecida como Pota, enfrenta uma crise devido à presença de barcos industriais de origem chinesa.
Segundo informações divulgadas pela imprensa, mais de 300 embarcações estariam entrando irregularmente no mar peruano e sem os sistemas de controle por satélite ativados, para explorar este recurso alimentar, que proporciona alto valor nutricional à população, especialmente para os setores de baixa renda.
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