Com o objetivo de desenvolver soluções estratégicas e avaliar sua capacidade de resposta a ataques simulados, as Forças Armadas Brasileiras, sob a coordenação do Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber), iniciaram na última segunda-feira, 14 de outubro, o Exercício Cyber Guardian 6.0 (EGC 6.0).

Este é o maior exercício cibernético do hemisfério sul, que se estenderá até 18 de outubro de 2024, marcando um marco estratégico na proteção das infraestruturas críticas no Brasil. O evento reúne representantes de setores estratégicos em um esforço conjunto para enfrentar as crescentes ameaças cibernéticas. Nesta edição, o evento contará com a participação de 140 organizações e representantes de mais de 30 países, oferecendo ao Exército a oportunidade de demonstrar sua prontidão e reforçar a segurança nacional.

O exercício será realizado simultaneamente na Escola Superior de Defesa, em Brasília, e no Comando da 2ª Divisão do Exército, em São Paulo, por meio de simulações virtuais e construtivas. Essas atividades permitirão às Forças Armadas, agências parceiras e representantes de infraestruturas críticas — como os setores de água, energia e comunicações — aprimorar sua capacidade de resposta diante de possíveis ataques, reduzindo seu impacto social, ambiental, econômico e político, além de mitigar ameaças à segurança do Estado e da sociedade.

O EGC 6.0 está alinhado com o Plano Nacional de Segurança de Infraestruturas Críticas, fortalecendo as capacidades operacionais das Forças Armadas e promovendo uma colaboração ampla entre a administração pública, o setor privado, a academia e a sociedade em geral.

Originalmente focado em setores como o financeiro e o nuclear, o evento foi ampliado para incluir uma maior diversidade de instituições. Em 2023, contou com mais de 700 participantes e 100 organizações, demonstrando a capacidade de integração entre governo, academia e setor privado para aumentar a ciber-resiliência do país.

Além de estabelecer precedentes para futuras ações nacionais de ciberdefesa, este exercício destaca o compromisso do Exército Brasileiro em integrar novas tecnologias e expandir as colaborações interinstitucionais para melhorar as capacidades defensivas do Brasil. A participação internacional também fortalece a cooperação global e aprimora a capacidade de ciberdefesa do país, além de impulsionar o desenvolvimento de Produtos de Defesa (PRODE) por meio de pesquisa e inovação tecnológica.

Créditos das imagens: Exército Brasileiro.

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