As Forças Armadas da Noruega informaram que o porta-aviões USS Harry S. Truman operará entre outubro e novembro em águas locais, realizando exercícios com navios da Real Marinha Norueguesa, bem como com outras unidades navais da OTAN. O desdobramento do porta-aviões provavelmente será seguido de perto por Moscou, como ocorre sempre que um grupo de ataque opera nas águas do Mar do Norte.
De acordo com as Forsvaret, o Truman está navegando em águas norueguesas ao lado do cruzador da classe Ticonderoga USS Gettysburg e dos destróieres da classe Arleigh Burke USS Jason Dunham e USS Stout. “…A presença do grupo oferece à defesa da Noruega uma oportunidade única de desenvolver ainda mais a cooperação e trabalhar mais de perto com nosso aliado mais importante, os Estados Unidos. Estão previstos exercícios com vários departamentos das Forças Armadas…”, detalharam as Forças Armadas da Noruega.
A bordo do Truman está a Ala Aérea 1 (Carrier Air Wing 1), que inclui quatro esquadrões de ataque, um esquadrão de guerra eletrônica, um esquadrão de comando e controle, um destacamento logístico e dois esquadrões de helicópteros multimissão. Quase 70 aeronaves, incluindo F/A-18E/F Super Hornet, EA-18G Growler, E-2D Hawkeye, C-2A Greyhound e MH-60R/S Sea Hawk, fazem parte da ala.
Sobre a chegada do grupo de ataque do USS Harry S. Truman, o vice-almirante Rune Andersen, chefe do quartel-general operacional das Forças Armadas da Noruega, afirmou que “…a capacidade da Noruega e das Forças Armadas norueguesas de receber aliados é crucial para a defesa da Noruega e dos países nórdicos. Ao estar presente em áreas próximas à Noruega e outros países da nossa região, os EUA demonstram claramente que querem apoiar seus aliados e que a estabilidade nas áreas do norte também é importante para eles…”
“…A defesa da Noruega é baseada na segurança coletiva da OTAN e na relação com aliados próximos, além da capacidade de defesa nacional. A cooperação estreita em defesa com os EUA tem sido importante para a Noruega há mais de 75 anos. Esta presença é um sinal importante da relação bilateral estreita e aumenta a credibilidade da defesa e dissuasão coletiva…”, concluiu o vice-almirante Andersen.
Vale destacar que a presença do porta-aviões da Marinha dos EUA estará sob o olhar atento das Forças Armadas russas, como costuma acontecer ocasionalmente. O grupo de ataque aliado operará sob a vigilância de diversos meios aeronaval de Moscou, e possivelmente serão realizados exercícios ofensivos/defensivos como resposta, durante o tempo que o Harry S. Truman operar em águas nórdicas.
Imagem da capa: US Navy – Especialista em Comunicação de Massa 3ª Classe Mike Shen
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