Com a participação de unidades anfíbias, helicópteros e cerca de 1.000 efetivos de Infantaria, a Marinha do Brasil (MB), junto com observadores de treze (13) países, realizou a Operação “Furnas 2024”, que ocorreu no “Mar de Minas”, na localidade de São José da Barra (Brasil).

A operação, que foi desenvolvida entre os dias 16 e 20 deste mês, contou com delegações da Alemanha, Argentina, Camarões, China, Colômbia, Emirados Árabes Unidos, Espanha, França, Itália, México, Nigéria, Países Baixos e Peru, que participaram exclusivamente como observadores, sem atuar operacionalmente no exercício. Vale destacar a presença do Almirante Claudio Henrique Mello de Almeida, Comandante de Operações Navais; do Almirante Carlos Chagas Vianna Braga, Comandante Geral do Corpo de Fuzileiros Navais; e do Vice-Almirante Roberto Rossatto, Comandante da FFE, que supervisionaram os exercícios.

O desenvolvimento da operação foi articulado em três áreas: um Workshop Interinstitucional sobre Cooperação com a Defesa Civil; Operações Fluviais na Lagoa de Furnas; e o treinamento voltado à manutenção da certificação nível 3 da ONU do Grupo Operativo de Fuzileiros Navais para Forças de Paz de Reação Rápida.

Este ano ocorreu a primeira edição do Workshop Interinstitucional sobre Cooperação, que reuniu mais de 100 representantes de 30 órgãos para fortalecer a coordenação em assistência humanitária. Durante o evento, foram realizadas conferências ministradas pela MB e outros órgãos, além de uma simulação prática voltada a melhorar a capacidade de resposta a emergências.

Por outro lado, as operações fluviais foram realizadas na Lagoa de Furnas, uma área estratégica que é quatro vezes maior que a Baía de Guanabara, permitindo o desenvolvimento de manobras complexas. O exercício incluiu o uso de Veículos Anfíbios Lagarta para desembarques anfíbios, manobras de infiltração chamadas de “espinha de peixe” e descidas de rapel a partir de helicópteros UH-15 Super Cougar.

A esse respeito, o Capitão Carlos Eduardo Gonçalves da Silva Maia, comandante do 2º Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais, explicou que a combinação de forças terrestres, aéreas e navais é possível graças à base aérea expedicionária estabelecida na área, que otimiza a integração operacional.

Outro objetivo central da operação foi manter a certificação de nível 3 da ONU, a mais alta em termos de prontidão operacional, que garante a capacidade de mobilização imediata para missões internacionais de paz. Essa certificação permite à força ser desdobrada rapidamente, por um período de 30 a 90 dias, para qualquer lugar do mundo onde seja necessária.

Créditos das imagens: Marinha do Brasil.

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