Nas últimas horas, vários meios de comunicação locais relataram que o governo da Coreia do Sul está considerando enviar uma equipe de assessores militares para a Ucrânia para monitorar a presença e as atividades das tropas norte-coreanas que serão enviadas em apoio à Rússia durante o conflito. Esta iniciativa não apenas daria mais um passo nos esforços de Pequim para continuar e expandir o alcance do apoio à Ucrânia, mas também desbloquearia novos tipos de assistência direta às Forças Armadas Ucranianas.
De acordo com relatórios de inteligência da Coreia do Sul, espera-se que um contingente de aproximadamente 1.500 soldados norte-coreanos chegue à região de Kursk nas próximas semanas, com a possibilidade de aumentar esse número para 12.000. Essas tropas enviadas pelo regime de Pyongyang desempenhariam papéis de supervisão das táticas de operações especiais e das capacidades de combate das forças militares russas. Além disso, surgiram relatos não confirmados sobre a possível chegada de pilotos norte-coreanos à Rússia. Especula-se que eles estejam sendo treinados para operar aviões de combate russos, como o avião de ataque Sukhoi Su-25 Frogfoot.
Quanto à equipe de assessores militares que poderia ser enviada por Seul, eles poderiam desempenhar funções de monitoramento das operações em que as tropas norte-coreanas participam e fornecer assistência em interrogatórios, caso alguns desses soldados fossem capturados pelas forças ucranianas.
Até agora, a Coreia do Sul tem se limitado a fornecer ajuda humanitária e apoio diplomático à Ucrânia, evitando o fornecimento de armamento. No entanto, o crescente envolvimento da Coreia do Norte pode levar a uma mudança na postura sul-coreana, abrindo a possibilidade de fornecer diretamente artilharia para a Ucrânia. Entre os sistemas que podem ser considerados estão os obuseiros autopropulsados K9, os tanques de batalha K2 e os lançadores de foguetes Chunmoo, todos de fabricação sul-coreana.
Essa situação pode gerar tensões adicionais, já que em junho passado, o presidente russo, Vladimir Putin, advertiu que qualquer tentativa da Coreia do Sul de fornecer armas à Ucrânia seria considerada um grave erro e poderia desencadear consequências negativas para Seul.
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