Mais de 10 anos após sua instalação nos Estados Unidos, a empresa brasileira Embraer enfrenta uma série de desafios devido à falta de novos pedidos para os aviões de ataque A-29 Super Tucano através do programa de Vendas Militares ao Exterior (FMS). O CEO da Embraer Security & Defense, Bosco da Costa Jr., destacou que o ano de 2025 será crucial para buscar novos contratos e reduzir essa lacuna de produção.
A linha de montagem da planta em Jacksonville (EUA) foi estabelecida em 2013 para produzir o A-29 Super Tucano para clientes dentro do programa FMS, especialmente para a Força Aérea Afegã e os Estados Unidos com um número reduzido de unidades. No entanto, com o fim da missão americana no Afeganistão, a planta reduziu sua produção ao mínimo, com apenas quatro unidades em diferentes fases de produção, todas já destinadas a clientes de curto prazo.
A planta de Jacksonville tem capacidade para montar até 24 novos Super Tucano por ano. Porém, a maioria dos pedidos internacionais da Embraer é realizada através de sua fábrica no Brasil, dificultando a obtenção de pedidos específicos para a planta dos EUA. Além disso, as aeronaves produzidas em Jacksonville são configuradas exclusivamente para clientes americanos ou vendas FMS geridas pelo Pentágono. Isso limita o horizonte de produção de Jacksonville, visto que os contratos recentes de países como Paraguai e Uruguai estão fora do programa FMS e de suas configurações.
A compra de seis novos aviões de ataque A-29 Super Tucano pelo governo uruguaio para sua Força Aérea, substituindo os A-37B Dragonfly, juntamente com a aquisição de seis Super Tucano pela Força Aérea Paraguaia para substituir os AT-26 Xavante, são os contratos de venda mais recentes da bem-sucedida aeronave da Embraer, demonstrando a importância das vendas de governo a governo no curto prazo, sem a aplicação do programa FMS.
Imagens utilizadas com caráter ilustrativo.
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