Com uma cerimônia realizada no Arsenal do Rio de Janeiro no último dia 28 de novembro, a Marinha do Brasil (MB) realizou a colocação da quilha do quinto navio-patrulha da classe Macaé. Trata-se do (NPa) “Miramar”, cuja botadura está prevista para o ano 2028. Durante o evento se procedeu à colocação em grada de um bloco central de 11 toneladas, começando assim a sequência de montagem do casco e da superestrutura, utilizando métodos avançados de engenharia naval que asseguram maior eficiência e precisão.
Baseados no desenho dos patrulheiros franceses Vigilante 400 CL54, a classe Macaé se compõe de uma série de patrulheiros destinados a equipar a MB. Possuem como armamento principal um canhão de 40mm L70, junto a duas metralhadoras de 20mm GAM B01-2. Tem capacidade para operar helicópteros desde uma coberta de voo. Sua tripulação é composta por 35 pessoas.
Esses navios cumprem um papel estratégico na proteção do território marítimo brasileiro. Segundo o Almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa, Diretor Geral de Material da Marinha, “Os patrulheiros garantem a segurança do tráfego fluvial, ajudam na inspeção das águas jurisdicionais e atuam no combate a delitos como: contrabando, pesca ilegal e tráfico de drogas. Além de contribuir para a criação de emprego, também desempenham um papel vital nas missões de busca e resgate e de apoio à população em zonas isoladas”.
O “Miramar”, assim como as outras unidades dessa classe, estará destinado a operações marítimas de defesa da área denominada “Amazônia Azul”, uma região chave para a soberania e os interesses estratégicos do Brasil, somando-se ao “Macaé” (P70), que dá nome à série, o “Macau” (P71) e o “Maracanã” (P72). Cabe destacar que o “Mangaratiba” (P73) está previsto para ser botado no primeiro semestre de 2026, encontrando-se atualmente em 90% de sua construção.
A construção do “Miramar” faz parte do Programa de Obtenção de Navios Patrulha (PRONAPA), integrado no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), uma estratégia do Governo Federal que busca fortalecer a indústria de defesa e fomentar a criação de empregos. Até a data, o programa recebeu investimentos superiores a 230 milhões de reais, reafirmando o compromisso do Brasil com a autossuficiência tecnológica e o fortalecimento de sua economia.
Créditos das imagens: Marinha do Brasil.
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