Como mencionado várias vezes por este autor em artigos anteriores sobre a manutenção dos helicópteros Mil Mi-17 de origem russa das Forças Armadas da Colômbia, encontrar os fornecedores e peças de reposição necessários era apenas uma questão de vontade política e de permitir que especialistas tomassem decisões sem interesses próprios.

Ontem, o Ministro da Defesa da Colômbia finalmente deu luz verde ao contrato essencial, possibilitando a manutenção e revisão das 18 aeronaves, a maioria das quais está atualmente inativa, seja por falta de manutenção ou por questões de segurança operacional. Sobre a data de assinatura do contrato, o Ministro da Defesa Velásquez afirmou: “Esperamos que este ano o contrato de manutenção esteja assinado” … “Realizamos um processo de revisão de empresas, particularmente nas Américas, que tinham essa capacidade ou prestavam serviços de manutenção a aeronaves Mi-17 em outros países; nesse processo, identificamos duas empresas para a manutenção.”

O valor do contrato também foi esclarecido nas declarações, o que é incomum devido ao sigilo normalmente mantido sobre esses assuntos: “Precisamente na semana passada, estivemos em reunião revisando os últimos detalhes da contratação de uma dessas empresas. Os recursos inicialmente apropriados, que somavam 270 bilhões de pesos, foram reduzidos durante os cortes gerais no orçamento em junho e julho, para 170 bilhões de pesos. Contudo, com uma alocação adicional, esperamos chegar aproximadamente ao valor originalmente orçado”, enfatizou o ministro.

Assim, o ministério finalmente agiu dentro de suas funções, reconheceu a realidade internacional e constatou que as desculpas apresentadas anteriormente foram, no mínimo, inadequadas. Sim, era possível contratar a manutenção. Além disso, o valor do contrato será de aproximadamente 62 milhões de dólares, com uma ressalva mencionada pelo próprio ministro: ainda há um déficit de cerca de 23 milhões de dólares, cuja fonte de financiamento permanece incerta. Considerando a falta de recursos do governo, o aumento desnecessário das despesas operacionais e a necessidade de uma nova reforma tributária, esta situação gera, no mínimo, suspeitas razoáveis.

A necessidade dos helicópteros Mi-17 para a Colômbia é evidente, já que suas características e desempenho superam significativamente os outros modelos atualmente em serviço com as Forças Armadas. Vale lembrar que, nas recentes emergências com incêndios florestais, foi necessário contratar helicópteros civis que, coincidentemente, também eram de fabricação russa, modelo Mi-17.

Esperemos que as palavras do ministro se concretizem, que o contrato seja assinado, os fundos totais sejam alocados e possamos ver novamente esses recursos vitais nos céus colombianos, para resposta a emergências, transporte de tropas, abastecimento e a realização de operações em todo o território.

Fotografias usadas para fins ilustrativos.

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