Os contratorpedeiros da Marinha dos EUA pertencentes ao Grupo de Ataque do porta-aviões USS Harry S. Truman lançaram recentemente mísseis de cruzeiro de ataque terrestre Tomahawk (TLAM) contra a infraestrutura houthi no Iémen. O ataque com os Tomahawk ocorreu em 31 de dezembro, dentro da área de responsabilidade do Comando Central.

De acordo com o detalhado pelo Comando Central (CENTCOM) dos EUA: “…contratorpedeiros de mísseis guiados da Marinha dos EUA do Grupo de Ataque do Porta-aviões Harry S. Truman, que operam no Mar Vermelho, lançaram mísseis de ataque terrestre Tomahawk (TLAM) contra instalações de comando e controle, produção e armazenamento de armas dos houthis apoiados pelo Irã no Iémen em 31 de dezembro…”.

As ações realizadas pelas forças aeronavais dos EUA, implantadas nas águas do Mar Vermelho, ocorreram entre 30 e 31 de dezembro, quando navios e aviões da Marinha atacaram uma série de instalações das forças houthis no Iémen, incluindo fábricas de produção e armazenamento de armas convencionais avançadas, como mísseis e drones. “…Essas instalações foram usadas nas operações dos houthis, como ataques contra navios de guerra e mercantes da Marinha dos EUA no sul do Mar Vermelho e no Golfo de Áden. Além disso, aviões da Marinha e da Força Aérea dos EUA destruíram um radar costeiro houthi e sete mísseis de cruzeiro e UAVs de ataque unilateral sobre o Mar Vermelho…”, acrescentou o CENTCOM em seu comunicado de imprensa.

A nova ofensiva no final de 2024 ocorre após um mês de dezembro bastante agitado no Mar Vermelho. Aos lançamentos de drones e mísseis houthi somaram-se os ataques aéreos realizados pelas Forças de Defesa de Israel contra diversos alvos terrestres no Iémen e a derrubada, por fogo amigo, de um caça-bombardeiro F/A-18F Super Hornet da Marinha dos EUA.

Este incidente acionou os alarmes na Marinha dos EUA, já que o Super Hornet foi derrubado pelo cruzador da classe Ticonderoga USS Gettysburg. O F/A-18F teria sido atingido na fase final, antes da aproximação no porta-aviões USS Harry S. Truman, momento crítico do qual sua tripulação conseguiu sair ilesa. Uma segunda aeronave também teria conseguido eludir o ataque fratricida.

As Forças Navais dos EUA, juntamente com nações aliadas, mantêm presença no Mar Vermelho devido à necessidade de garantir o trânsito de navios mercantes, que tem sido ameaçado nos últimos meses pelos constantes ataques houthi. A partir do território ocupado no Iémen, o regime houthi persegue as vias marítimas da região com o lançamento de mísseis de cruzeiro e balísticos, além de drones aéreos e navais.

Apesar dos esforços da coalizão, os ataques houthi não cessaram. No entanto, a situação pode se agravar para essas forças no Iémen devido ao interesse de Israel em suprimir os aliados do Irã que atacam seu território. Com as frentes de Gaza, Síria e Líbano controladas, as Forças de Defesa de Israel provavelmente concentrarão parte de seus esforços em eliminar as ameaças provenientes do Iémen.

Imagem de capa: CENTCOM

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