Após realizar, em dezembro de 2024, o primeiro lançamento bem-sucedido de um míssil antinavio MANSUP a partir de uma plataforma terrestre, a empresa brasileira SIATT anunciou que esse sistema está oficialmente operacional e pronto para ser integrado em operações de defesa costeira.
O lançamento de teste, realizado a partir de um dos lançadores de foguetes ASTROS, foi conduzido pelo Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil, em colaboração com profissionais da SIATT. O teste ocorreu na região de Restinga da Marambaia, sob a supervisão da Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha e com o apoio do Centro de Avaliações do Exército Brasileiro.
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Com um alcance de 70 km e uma velocidade de 1.000 km/h, esse míssil utiliza um radar inercial e ativo na fase terminal para guiar sua trajetória, enquanto seu motor de combustível sólido permite que ele voe em altitudes extremamente baixas, em um perfil semelhante a mísseis como o Exocet ou o Harpoon.
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Originalmente projetado para ser lançado a partir das futuras fragatas da classe Tamandaré, o MANSUP tem sido testado em plataformas navais da Marinha do Brasil desde 2018, com avaliações contínuas até a recente fase de disparo de armamento em setembro de 2024.
Após ter sido amplamente avaliado para uso em navios, uma de suas principais vantagens é a capacidade de integração ao sistema de foguetes de artilharia ASTROS, ampliando significativamente as opções de defesa costeira ao permitir ataques de precisão contra alvos no mar.
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Sobre essa inovação, Paulo Salvador, diretor da SIATT, destacou que essa integração oferece uma solução mais robusta para a proteção marítima e pode ser disponibilizada no mercado internacional. Por sua vez, Robson Duarte, sócio-diretor da SIATT, afirmou: “Com o míssil MANSUP, o Brasil fortalece sua capacidade de proteger sua zona costeira, especialmente em regiões de grande importância econômica e estratégica. Esse sistema de defesa pode ser integrado a outras plataformas, como sistemas de radar e unidades navais. No caso do Brasil, ele poderá receber informações do SisGAAz (Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul) para realizar os disparos do míssil”.
Créditos das imagens: SIATT – Marinha do Brasil.
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