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Dassault espera finalizar venda de Rafale ao Brasil em 2010
PARIS, França, 7 Set 2009 (AFP) - O construtor francês Dassault espera concluir a venda de 36 aviões Rafale ao Brasil em 2010, informou nesta segunda-feira um porta-voz da empresa, pouco depois da decisão de princípio anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de adquirir o avião de combate francês, nunca exportado antes.
"Pensamos que as negociações serão finalizadas no próximo ano", declarou.
O presidente Lula anunciou nesta segunda-feira em Brasília a seu colega francês, Nicolas Sarkozy, em visita oficial de 24 horas, a decisão de princípio de comprar 36 aviões Rafale, elogiando "a amplitude das transferências de tecnologias" consentidas pela França.
"A declaração do presidente Lula significa claramente que o Rafale ganhou a competição", garantiu o porta-voz da Dassault.
"Haverá negociações técnicas sobre o perímetro da oferta, o avião, a manutenção e o armamento. Elas serão seguidas por discussões financeiras e comerciais e por uma fase de negociação das cláusulas contratuais", enumerou.
O porta-voz se recusou a confirmar o valor do contrato, avaliado pela presidência francesa em pelo menos cinco bilhões de euros (13,23 bilhões de reais).
A venda seria a primeira para um país estrangeiro do avião construído pela Dassault, após uma longa série de reveses no exterior.
De acordo com a empresa, a obtenção deste contrato foi possível pelo "forte envolvimento pessoal dos dois chefes de Estado" e pela "atratividade da proposta francesa, especialmente em termos de performances do Rafale e de transferência de tecnologias".
ef/yw
FUENTE:
http://g1.globo.com/Noticias/Econom...A+FINALIZAR+VENDA+DE+RAFALE+AO+BRASIL+EM.html
Rafale expande aviação de combate no Brasil
O Comando da Força Aérea vai criar ao menos dois novos grupos de aviação de caça, no Norte e no Nordeste, deslocando para essas áreas parte da frota atual, formada por F-5EM, bombardeiros leves AMX e, talvez, o Mirage 2000C/B. O novo desenho da aviação de combate está diretamente ligado ao advento do Rafale-3, a versão mais avançada do supersônico francês, cuja escolha pelo governo para compor a frota de aeronaves de combate de alta tecnologia e múltiplo uso foi anunciada ontem, em Brasília.
O contrato, envolvendo 36 unidades, deve chegar a R$ 4 bilhões. É apenas o início. O programa contempla encomendas suplementares ao longo da próxima década, tendo como referência um lote de até 120 aviões. Segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, o modelo previsto é o da padronização da plataforma, em que um mesmo tipo de caça serve às diversas especificações - eventualmente, também da aviação naval. No arranjo das novas unidades de ataque e interdição, está sendo considerada a necessidade de intervenção na região da Amazônia, fronteiras norte-noroeste e a projeção sobre o oceano Atlântico a partir de pontos no litoral do nordeste.
A princípio seriam levados a essas instalações os modernizados F-5EM, jatos supersônicos revitalizados pela Embraer. Há 59 deles no inventário da FAB. O mesmo movimento pode atingir os 53 AMX, caças bombardeiros de precisão e provavelmente os 12 Mirage 2000 atualmente no 1º Grupo de Defesa Aérea da base de Anápolis, próximo a Brasília, em Goiás, responsável pela proteção do Distrito Federal e de determinados alvos estratégicos.
O Rafale Mark 3 escolhido pelo Brasil está chegando agora a Armée de L´Air, a aviação militar da França. O primeiro protótipo foi apresentado em 1985. O desenvolvimento foi lento até a assinatura do primeiro contrato, em 1993. De acordo com o informe anual da presidência da república, o governo francês investiu, ao longo de 23 anos, completados em dezembro de 2008, aproximadamente 39 bilhões no programa. O horizonte de encomendas, entre pedidos firmes e opções futuras, era de 282 unidades para a Força Aérea e a Marinha. De acordo com especialistas brasileiros, o destaque do modelo é o novo radar RBE2, da companhia Thales. O equipamento é capaz de detectar alvos, vários deles simultaneamente - priorizando o engajamento na medida do grau de ameaça - a distância superior a 180 quilômetros.
A integração com os outros recursos eletrônicos de combate é tida como "irrepreensível" pelo chefe de operações da fabricante Thales, Pierre Chaltiel. No batismo de fogo, nas operações do Afeganistão, o Rafale cumpriu missões de ataque ao solo e de interdição com os sistemas em escala progressiva "e em nenhum momento foi necessário recorrer ao nível máximo dos equipamentos de bordo". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
FUENTE:
http://g1.globo.com/Noticias/Politi...ALE+EXPANDE+AVIACAO+DE+COMBATE+NO+BRASIL.html